Carnaval e aniversário

Sábado foi meu aniversário. Uma volta a mais no calendário da minha vida.

Depois de uns três anos reclusa em casa, sem fazer muitos programas notívagos por conta da princesinha, ganhei um vale nigth de presente de aniversário. Deixei Ana Letícia com minha mãe e irmã e saímos, eu, meu marido, meu sobrinho, minha irmã e cunhado para a festa de Momo.

A programação foi num camarote do Circuito Barra-Ondina. Confesso que prefiro mesmo sair correndo atrás do trio, a energia é mais gostosa,  mas ando meio medrosa e com muito mais cautela de tudo, então optamos por um camarote, que apesar de um pouco caro, oferece uma infraestrutura mais propícia para aqueles que não aguentariam fazer xixi num banheiro químico.

Saimos de casa às 16:00 e chegamos às 5 da manhã. Me esbaldei ao som de Ivete, Bel, com o rosto lisinho, lisinho (que valeu 2 milhões da Gilette), Jamil, Durval Lelys, Timbalada e seus timbaus maravilhosos, Alexandre Peixe, Daniela Mercury, Carlinhos Brown e Aline Rosa.

Foi a primeira vez que curti o Cranaval num camarote e confesso que não gostei. De bom, só tem mesmo a praticidade da bebida, alimentação e banheiro. Energia boa mesmo, é na rua. Porque, excluindo as músicas de pagode que retratam uma péssima imagem da mulher, o Carnaval de Salvador é, sem sombra de dúvidas, a oitava maravilha do mundo.E daí que saíamos, ficávamos em frente ao camarote, dançamos, curtimos, pulamos e quando dava vontade de beber algo, comer  ou ir ao banheiro a gente entrava.

E assim, dessa forma gostosa e divertida, comemorei o meu aniversário.

Cheguei em casa às 5 da manhã, tomei banho e dormi das 6 às 8, hora que Leti acordou. Mesmo com a boa vontade e apelos da minha mãe para que ela me deixasse em paz para que eu dormisse mais um pouco, não adiantou, porque toda hora ela batia na porta a minha procura, e meu sono não se concentrou. 

Café pequeno pra quem já está acostumada a quase não dormir a noite...

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Não teve foto, porque não sou nem doida de levar objeto de valor pro meio da multidão. Tem quem leve, mas eu não. No camarote tinha um fotógrafo que clicou algumas vezes, e acho que depois do Carnaval eles publicam em algum site. Se eu conseguir depois coloco aqui.

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Posso dizer, sem pestanejar, que nunca fui tão feliz.
Os anos vão passando e dizem, que a velhice vai chegando.
Na minha opinião, a sabedoria vem chegando. Se tenho saudades dos anos passados? Sim.
Mas também sei que vivi cada coisa no tempo certo, e hoje minha felicidade está mais que completa.
Fazer mais um aniversário ao lado dos que amo e que hoje permanecem comigo, é o maior presente que eu pude ganhar.
E ter vida , saúde e mais um ano para poder comemorar é muito bom.
E , como não podia faltar,  menciono a minha alegria suprema, que é a Ana Letícia.
E como não ser muito feliz ouvindo diálogos deste tipo?

Vovó: --- Leti, não tira a calcinha da boneca...

Leti:--- Vovó, onde já viu fazer cocô sem tilá a calcinha?

Vovó: --- Menina, você deixou toda comida no prato.

Leti: ---Ta rui, essa comida. Não vô comê...

Vovó:--- Como você sabe? Se nem comeu?

Leti:--- Eu peguei o plato, mexi, mexi, cheilei. Tá rui!